28 de abril de 2017

Victor Gashnikov Music and History

Situada ao norte da Eurásia, a Rússia é o país de maior área no planeta e está entre os mais populosos. O país está entre os 10 países mais visitados por turistas estrangeiros. A diversidade cultural no país se dá pela sua diversidade étnica. Um dos principais expoentes da arte Russa é o compositor de musicas clássicas  Piotr Ilitch Tchaikovsky ou simplesmente Tchaikovsky, como o conhecemos; apreciado no mundo inteiro por suas brilhantes e enérgicas peças musicais.

É da terra de Tchaikovsky que vem nosso entrevistado, o pianista e compositor Victor Gashnikov (31). Victor é nascido na cidade de Makhachkala na região sul do país e atualmente vive em Moscou. O artista nos conta que sempre se interessou por musica e desde 1998 passou a pesquisar mais detidamente sobre o assunto procurando ouvir novos artistas e bandas.            

Seus pais sempre o ajudaram, em especial sua mãe a quem o artista é muito agradecido, eles também compraram seu primeiro instrumento. “Eu sempre escrevi musicas para minha mãe para agradecê-la por seu infinito apoio”, ressalta. Uma dessas composições é a musica The Only One. O principal instrumento do artista é o piano e recentemente começou a aprender bateria para melhorar sua performance no piano.

Victor começou a estudar piano entre os 17 e 18 anos, as aulas eram em sua casa com uma professora particular, a senhora Nadezhda. “Sou muito agradecido pela paciência que ela teve, porque eu não era um perfeito aluno de vez em quando”, comenta.


O artista se valia da grande coleção de CDs de seu pai para conhecer novos trabalhos. “Eu pegava um CD sem saber absolutamente nada sobre o artista ou a banda e o escutava, entre eles conheci Michael Jackson, Sade, The Police, Led Zeppelin a Deep Purple”, descreve. De acordo com o artista, a lista de artistas que o inspira é infinita, “há muitos artistas solos e bandas maravilhosas”, enfatiza.

Segundo Victor, sua inspiração para compor vem todas as partes e de todas as coisas como exemplo: livros, filmes e musicas. Seu processo de composição é variável. “Às vezes as melodias vêm quando estou praticando, em outras ocasiões me surge uma ideia antes de começar a escrever algo”, revela.

Perguntado sobre suas criações favoritas, o artista argumenta que é uma difícil questão para ele. “Cada uma de minhas composições significa algo para mim, há sempre uma história por de traz, eu seria incapaz de eleger uma”, pondera. Depois de tocar em várias bandas, em 2010 o artista inicia carreira solo.

Em 2012 Victor lançou o EP ‘Piano Thing’ que agora está também disponível em CD contendo as musicas: Sad Happiness, Chasing The Shadows, Where Does It All Go?, Persona e Thought Of You. Sua carreira é totalmente independente, todas as composições são de sua autoria e gravadas em seu estúdio na cidade de Moscou.


Suas influências vão de Red Hot Chili Peppers à The White Stripes, Muse e Keith Mina Caputo. Seu estilo pode ser descrito por: um genuíno roqueiro tocando piano, as harmonias clássicas e melodias suavemente tocadas pelo rock dão um sabor especial às suas composições. Sua mais recente criação é a peça ‘No False Hope’ (2017). “Às vezes ideias para composições vêm por si só, tudo que você tem a fazer é anotá-lo antes que você não se esqueça. É a peça mais longa que eu escrevi até hoje”, revela. O título da musica lhe surgiu enquanto caminhava com um amigo e esse lhe perguntou se estava seguro em relação a carreira musical então ele respondeu quase que imediatamente: "Nenhuma esperança falsa". 


Victor acrescenta que, dizer que musica é uma grande parte de sua vida seria muito simplista. “A musica é o caminho para expressar emoções e sentimentos que as palavras não podem descrever; é uma linguagem universal, você não precisa saber Inglês, Português ou Russo para entendê-la” ressalta. Para conhecer mais sobre a obra de Victor Gashnikov acesse: Victor Gashnikov Official Website, Twitter, Fan Page, Google+, YouTube, Vimeo, iTunes, Spotify e Instagram.

24 de abril de 2017

Tom Smith and The Merry Jaynz Band

O Brooklyn é a uma das cidades mais populosa do estado de Nova York, caracteriza-se pela sua diversidade cultural exercendo um papel fundamental na arte americana na literatura, cinema, teatro e não poderia ser diferente na musica. É de lá que vem Tom Smith (53) guitarrista da baa The Merry Jaynz.

Tom nos conta que teve uma ótima infância. “Às vezes escuto detalhes de pessoas que sentem que sua infância foi realmente difícil, e são coisas que aconteceram comigo, acho que tenho uma tendência a focar nas coisas positivas”, enfatiza. Nessa época o artista apreciava esportes, de preferência futebol americano e também gostava de desenhar. “Na minha rua morava uma dezena de garotos, então, havia crianças brincando na rua o tempo todo”, comenta.

Tom comenta que sua adolescência foi dura, contudo poderia ter sido bem pior. “As coisas eram melhores, depois eu descobri a musica e a marijuana!”. Destaca. Nessa ocasião tocava baixo e guitarra o máximo de tempo que era possível.  Seu encanto pela musica se deu quando tinha treze anos de idade. “Pousei as mãos em um baixo pela primeira vez, pertencia a um amigo de meu pai, quase nem devolvi no lugar!”. Ressalta.

O artista comenta que deveria ter tido aulas de canto, mas não tinha necessidade de cantar até mudar para guitarra. “Eu adoro cantar agora, mas não tenho nenhuma desilusão sobre o meu nível de habilidade na área vocal”, revela. Por essa razão Tom acrescenta que aprecia muito mais um intérprete profissional. Logo após o colégio o artista ficou sem muita ocupação, então treinava musica de doze a dezoito horas por dia, atualmente são poucas horas por semana.

De acordo com Tom, a única ajuda que teve dos pais foi a compra do amplificador para seu baixo, somente. No inicio da carreira como músico a maior dificuldade era levar o equipamento necessário para se apresentar com seu baixo. “Eu não tinha carro, então, eu tinha que puxar meu baixo e amplificador cerca de quarenta quadras pelo caminho, às vezes tinha que pegar ônibus ou metro até Nova York com todo o equipamento”, acrescenta.

O artista teve aulas de baixo, guitarra e história da musica no colégio com o professor Dal Florian, foram aproximadamente doze horas aulas. Contudo, mais talentosos que ele e pacientes, seus amigos o ajudara, ensinado, o deixando tocar junto com eles e respondendo uma centena de dúvidas que tinha, conforme relata Tom. Para comprar seus instrumentos, o artista nos conta que aos quatorze anos trabalhou em um restaurante e um supermercado nas férias de verão. 

Perguntado sobre a razão de escolher o baixo como primeiro instrumento, o artista relata que se tornou bom no baixo e foi rápido. “Foi justamente a procura de pessoas mais velhas e melhores que eu tive um impulso nas minhas habilidades com o instrumento, me senti entusiasmado”, ressalta. Os artista que o inspiram são: Jerry Garcia, Frank Zappa, Derek Trucks, Les Claypool, Jorma Kaukonen, Jack Casady, Phil Lesh, Jack Bruce, Jeff Beck, Eric Clapton, Dweezil Zappa.

O primeiro show de Tom foi em uma festa de aniversário em Staten Island na cidade de Nova York no verão de 1977. Nessa ocasião não recebeu cachê. De acordo com o artista a experiência foi mais fácil do que ele pensava. Contudo, teve uma irreal expectativa de que rolaria algo mais com alguma garota. “Não rolou”, lamenta.


Além de músico, Tom é também compositor. O artista relata que começou a escrever alguns riffs curtos entro os anos de 1976 e 1977. Suas fontes de inspiração são: a vida, as pessoas que estão à sua volta e por seus precursores musicais. Sua primeira criação foi a musica ‘Comes Slowly’, escrita por volta de 1978. Não há gravações da canção, porém o artista ainda sabe a letra e melodia. Seu processo de concepção frequentemente começa pela melodia, depois vem a letra. “A letra é a parte mais difícil para mim, quando os versos vêm antes da melodia o processo se torna muito mais rápido e fácil”, revela. Atualmente Tom conta com dois programas de gravação de bateria que implementaram seu processo de criação. O artista também participou de algumas colaborações musicais, porém, não foram gravadas.

Entre suas criações favoritas está a canção ‘I Got This Feeling’, musica gravada por sua banda The Merry Jaynz que está no CD de 2015 e leva o mesmo nome, além de I Got This Feeling, estão também no álbum as canções: A Thing, Piggy Boy, Whatever Happened to My Money?, The End is Near, Walk Outside, Happy Birthday, Not Your Birthday, Let It e God's Country. No alto da carreira a banda costumava fazer de quarto a seis shows por mês. Além de Tom o grupo é composto por sua esposa Susan Jane Smith, que toca baixo e Myron Hammontree na bateria.

Sobre as dificuldades na carreira musical o artista relata que a principal é que as casas de shows pagam atualmente o mesmo que pagavam nos anos de 1970, e comenta isso é a principal razão de não fazer mais shows para fora. “Quando você toca em um bar, você está simplesmente tocando pela cerveja, para fazer algum dinheiro você tem que vender CDs ou camisetas, não foi para isso que eu pratiquei várias horas durante todos esses anos”, desabafa. 


Para Tom as musicas vêm através dele e não por ele, ou seja, ele é apenas um veículo. “As ideias que recebo têm significados para as outras pessoas”, salienta. O artista acha interessante o fato de não ganhar nenhum dinheiro tocando em bares, mas tem conseguido levantar algumas centenas de dólares fazendo shows beneficentes para ajudar amigos.

Sobre a complexidade do mundo Tom enfatiza que as más notícias são extremamente difundidas pela mídia e as boas são completamente ignoradas. “O mundo não é tão complexo e malvado como nós temos dito, encontre uma pessoa e olhe dentro de seus olhos, isto é o mundo em sua mais básica realidade”, ressalta. Sobre suas expectativas em relação ao mundo, Tom é bastante objetivo: “O mundo continuará após minha partida”.


Perguntado sobre o que o deixa irritado e o que o deixa feliz o artista enfatiza que desistiu da irritação, e se sente feliz com novas musicas, com o riso de seus filhos e vendo as pessoas melhorarem de humor a escutá-lo tocar. Para conhecer mais sobre o trabalho de Tom Smith e de sua banda The Merry Jaynz acesse: The Merry Jaynz Official Website, Twitter, YouTube, Fan Page, BandCamp, SoundClound, ReverbNation, Cd Baby e Spotify.

20 de abril de 2017

John Tracy Music and History

Situado ao sul dos Estados Unidos o estado do Texas é um dos mais populosos do país. A partir do século XX deixou de ser apenas uma região agrícola para entrar também no campo da indústria petrolífera e aeroespacial despontando entre os mais ricos estados do país. Foi cenário dos filmes de cowboy que proliferaram pelo mundo na década de 80. É de lá que vem nosso entrevistado John Tracy (55).

Nascido em Fort Worth, cidade pertencente à região metropolitana de Dallas, John nos conta que em geral teve uma boa infância, os pais viviam juntos, tinha uma boa casa e uma vida confortável. Contudo, seu pai por ser um homem de negócios nunca teve muito tempo para ele o que foi recompensado pela sua mãe. “Minha mãe tentou sempre dar o melhor dela, eu jogava baseball quando garoto e ela gastava horas fora de casa arremessando a bola para ajudar em meus treinos, tenho boas lembranças do tempo que passamos juntos”, comenta.

Foi através da coleção de discos de sua mãe que John começou a se interessar por musica. Tinham um daqueles aparelhos que tocava vários discos com função de rádio também. A coleção de sua mãe contava com os grandes sucessos dos anos 50 e 60. ”Na época, poderia ficar horas escutando e cantando junto com as musicas daquela coleção”, ressalta.


O artista conta que em sua adolescência teve vários momentos solitários. “Reconheço que tinha um bom círculo de amigos, no entanto sempre estive em busca da minha alma gêmea”, revela. Sendo de personalidade artística desde jovem, John argumenta que sempre se sentiu como uma peça quadrada em um buraco redondo em relação à maioria das pessoas. “Nós do tipo artístico somos mais emocionais, vemos a vida um pouco diferente da maioria das pessoas e estamos sempre em busca de validação através de nossa arte”, enfatiza.

Seus dias solitários na adolescência foram o que o conduziram para a música. “Embriagava-me com a musica popular daqueles idos anos 70, especialmente as canções dos cantores compositores daquela era”, recorda. Assim que começou a tocar violão os dias de solidão foram preenchidos. Então, dedicava seu tempo aprendendo a tocar suas canções favoritas. Nessa época John estava com 16 anos e sentia-se extremamente inclinado a aprender seu instrumento. “As canções dos meus ídolos moveram-me e eu queria muito tocar como eles”, revela. O artista comenta que jamais teve aulas de canto.

No início John ensaiava por horas e horas, teve um professor que lhe ensinou o método de tablatura. “Eu não sei partitura, ele me ensinou o básico, aperfeiçoei meu estilo de tocar por conta própria”, comenta. Passou a gravar suas musicas favoritas em seu gravador portátil tocando cada canção várias vezes. “Tocava nota por nota até ficar tão perfeito quanto a gravação original”, destaca. Inspirado por James Taylor passou a treinar mais o dedilhado, tocando os baixos soltos com os acordes para dar às suas melodias um som mais cheio.

Seu primeiro violão foi comprador por seus pais que também patrocinaram sua primeira gravação demo. “Eles faziam tanto quanto podiam para me ajudar. Eles não eram artistas, portanto, não entendia minha natureza artística. Assim, eles não eram realmente aptos para nutrir aquilo que eu estava alimentando”, revela.

Perguntado sobre as dificuldades no início de carreira o artista declara que foram várias como: conseguir dinheiro para gravar suas musicas; arranjar casa de shows para tocar; construir uma base de fãs; fazer sua musica ser ouvida pelas massas, entre outras. “A menos que você seja um dos poucos sortudos que encontram o estrelato, estas são dificuldades diárias que você está continuamente trabalhando para superar”, salienta.

Seu professor de violão chamava-se Les Clark, morava na localidade e fora indicado por seu amigo. “Eu gostava dele porque ele me ensinava as musicas que estavam tocando nas rádios”, comenta. Através da tablatura John aprendeu rapidamente o que manteve seu interesse em continuar se aperfeiçoando. No início seus pais pagavam as aulas e quando iniciou seu caminho pela composição passou a bancar por si próprio os custos com workshops e conferencias para desenvolver suas habilidades. Seu primeiro violão foi um Gibson modelo Gospel que ainda guarda consigo.

John acrescenta que logo que começou aprender a tocar, não se sentia satisfeito em apenas tocar musicas de outros artistas e queria aprender a fazer suas próprias canções. “Eu comecei lendo livros sobre composição musical e usando as musicas de meus ídolos como exemplo”, revela. Aos vinte anos gravou seu primeiro trabalho autoral em um esforço para despontar no show business. Fez uma série de shows em Nashville e teve uma de suas canções publicada por um editor.

Além da musica, sua outra grande busca era encontrar sua alma gêmea e constituir uma família. Aos 22 anos conheceu Teri, àquela que se tornaria sua companheira e apoiadora ao longo de sua jornada. Em razão de seu desejo por constituir uma família ter sido maior que o desejo pela musica, John passou a trabalhar na empresa da família e prosseguiu tocando a musica como um hobby. “Contudo, fiz tudo que se espera de um jovem profissional: cresci na empresa, comprei uma casa, tive filhos e me estabeleci naquele estilo de vida”, argumenta.

O artista relata que trabalhar em um negócio de família traz muitas oportunidades, mas também muito estresse e momentos complicados. Então, aos 45 anos, John desperta para o fato de que não pode mais suprimir sua natureza artística. “O estresse dos negócios estava alcançando seus limites e as paixões não cumpridas estavam começando a me consumir”, desabafa. “Eu acho que a tal ‘crise da meia-idade’ é mais sobre você abrir os olhos e realmente questionar o que está fazendo com sua vida”, ressalta. Assim, com o suporte de Teri e seus filhos, em 2006 John deixa o mundo dos negócios para empreender de uma vez por todas a carreira profissional com intérprete e compositor. Em maio do mesmo ano o artista lança seu primeiro álbum intitulado “Slow Down”.

Os artistas que o inspiram são grandes nomes dos anos 70 como: James Taylor, Jim Croce, Jackson Browne, Dan Fogelberg, Gordon Lightfoot, Cat Stevens, Don McLean, John Denvern, entre outros. Na sua jornada musical John tem se apresentado em diferentes palcos, dos grandes aos pequenos como: teatros, salas de concerto, jardins botânicos, restaurantes, adegas, festivais, conferencias, bares, igrejas, etc.

Durante um ano John se apresentou no dog park e conta que foi muito divertido. Dog park trata-se de um parque popular da vizinhança com espaço para passeios com animais de estimação. “Lembro-me que alguém atirou um brinquedo para seu pet e quase me acertou, todavia, todos se divertiram muito”, relata. Uma de suas apresentações favoritas foi em uma sala de concerto onde o ambiente proporcionava maior intimidade com o público. “O contato mais próximo com o público dá a chance de compartilhar sua arte realmente com alma e coração”, ressalta.

Sobre a questão financeira John pondera que, ao fazer shows gratuitos, algumas vezes se torna difícil pagar as contas. Algo também deve ser feito pelo ofício, pois demanda tempo e energia. Então procura ter apresentações para gerar receita, atualmente faz uma média de doze shows por mês. Sobretudo, o artista é apaixonado pelos palcos desde o iniciou. “Não há nada como estar em frente ao público e compartilhar suas histórias e vida com eles”, revela. O artista nos conta que adora o processo de fazer musica, entretanto, a conexão do público no momento das apresentações é o que realmente lhe dá um senso de preenchimento. “Atualmente, isto é o que me proporciona o melhor dos prazeres na vida”, enfatiza.

Sua fonte de inspiração vem dos seus ídolos, aqui já mencionados. “Eu adoro encontrar minha própria história nas canções deles e como suas letras me ajudam a encontrar caminhos em tempos turbulentos, e eu desejo fazer o mesmo para outras pessoas através de minha música”, ressalta. As letras de John falam de amor e de experiências de vida. Por meio de suas musicas são retradadas as nuances do cotidiano. O artista comenta que muitos de seus fãs já revelaram que se descobriram através de seu som, encontrando coragem por saber que não estão sozinhos em sua jornada e acharam paz e inspiração por meio de seus temas. Sua primeira canção foi a musica ‘Casey’, escrita em 1981, uma história de amor sobre uma garota que partiu seu coração.

Seu processo de criação é pouco convencional. “Eu não sou o tipo que se senta e escreve uma canção todos os dias, tenho que estar inspirado e ter algo que eu realmente queira contar”, pondera. Suas composições costumam ser transparentes e introspectivas, compartilhando suas próprias experiências. John frequentemente começa pela melodia juntando as sonoridades em seu violão e construindo novos temas melódicos, quando encontra algo que tem um bom encaixe, passa a pensar em um tema que se ajuste ao contexto. “Trabalho duro para escrever uma letra que corresponda com cada nota. Para mim, é um processo meticuloso, mas ao mesmo tempo estimulante. Não há nada como a sensação de terminar uma música”, enfatiza.

Seu mais recente trabalho é o álbum ‘Happy Ever After’ e seu álbum de Natal ‘Magical Memories – A John Tracy Christmas’, mixados e masterizados por Kevin McNoldy do estúdio Cphonic Mastering. “McNoldy realmente entende a natureza de minha arte, ele cosegue fazer com que minhas canções ganhem brilho”, ressalta. John pública suas obras através do selo SoundCafe Records.
Perguntado sobre as dificuldades na carreira musical o artista nos revela que para os artistas desconhecidos o problema está na indústria da musica, e acrescenta que sempre são as mesmas questões como: alcance, base de fãs, finanças e como viver em tempo integral do negócio da música. Contudo, a modernidade das tecnologias tem desempenhado importante papel na propagação de trabalhos musicais. “Sabemos que as mudanças na tecnologia abriram incríveis oportunidades para os artistas, especialmente os independentes sem gravadora, temos a habilidade de gravar nossas próprias musicas e tê-las no palco mundial por meio das redes sociais e a presença online”, considera.

Apesar das facilidades tecnológicas o artista considera não ser tarefa fácil ganhar a vida através da arte, aponta que há muita musica na rede e que o processo de produção musical deve ser contínuo e de qualidade para manter os fãs engajados. “O que ocorre hoje é que você tem que criar um relacionamento com seus fãs na web, é um trabalho gratificante, porém, é também um trabalho duro ter devotar várias horas, todos os dias para manter essa relação acesa”, acrescenta.

O artista acredita que o fato de as pessoas estarem consumindo musica de forma diferente nos dias de hoje é também um grande obstáculo para os artistas. “As pessoas tendem a usar sites de streaming mais do que comprar CDs, e esses sites pagam muito pouco para os artistas, levando-os a procurar outros meios de serem gratificados pelo seu trabalho”, salienta. Mesmo com o sucesso que tem tido, John ainda enfrenta essa luta e diz que isso o obriga a se tornar melhor em marketing, empreendedorismo e buscar constantemente o topo no jogo, como músico e como intérprete.  

Perguntado sobre o porquê de trabalhar com musica o artista enfatiza que nasceu com isso, nasceu para ser criativo. “A musica é o veículo que uso para expressar minha criatividade, eu sinto em essência que isto é a minha razão de ser”, ressalta. Para John, musica é sua fonte de vida, quando garoto a musica lhe ajudou a manter a sanidade através dos dias de solidão, quando aprendeu a tocar e criar suas obras a musica se tornou uma forma criativa de libertação. “Escrever e executar minha própria música também tem sido cura e uma maneira de navegar através das lutas da vida e das alegrias. Além da minha família e da minha fé no meu Criador, a música significa a definição de quem eu sou”, enfatiza.



Com parte dos recursos obtidos pela musica, John colabora com organizações de caridade como: a Donate Life America, instituição que trabalha aumentar o número de registro de doadores de órgãos nos Estados Unidos; e, a Young Life, um ministério internacional que trabalha com o objetivo de criar ações positivas nas vidas das crianças das comunidades. “Meu cronograma não me permite participar pessoalmente na ação dessas instituições, porém, é uma benção poder ajudar financeiramente”, comenta.

Sobre a complexidade do mundo, John acredita que a maior questão em nosso mundo é a falta de respeito que umas pessoas têm em relação às outras. “Esquecemos-nos de como tratar uns aos outros com dignidade e cortesia. Acredito que apesar dos grandes benefícios das redes sociais, na maioria dos casos a popularidade desses espaços virtuais compõe esse problema”, argumenta. Para o artista, tem ocorrido o esquecimento de como se relacionar com outras pessoas pessoalmente e se gasta muito tempo no mundo virtual, mais que no real. O artista acrescenta que, além disso, há uma série de outras questões como radicalismos e agitações políticas. Para John, cada pessoa é responsável pelo seu canto do mundo, e deve-se buscar ser um exemplo positivo e fonte de luz para a própria comunidade em que se vive. “Se todos nós trabalhássemos em tornar nossas próprias comunidades melhores lugares para viver, então o efeito seria global”, enfatiza.

Sobre suas expectativas em relação ao mundo, o artista comenta que se não fosse sua fé em Deus tudo seria muito amedrontador e por uma série de fatores que não cabe enumerar. “Eu acredito fundamentalmente que Deus está no controle e que ele estará comigo em cada passo do caminho em minha jornada. Quando o futuro é incerto mantenho minhas esperanças Nele, Ele sempre me acompanha e tenho percebido Suas mãos trabalhando diversas vezes, é um conforto saber que posso contar com Ele ainda que o caminho não seja claro”, ressalta. Para saber mais sobre o trabalho de John Tracy acesse: John Tracy Official Website, Fan Page, YouTube Channel, Instagram e Twitter.